sábado, 6 de julho de 2013

O Stalker



A rua era pouco iluminada e deserta, ótima para assassinatos discretos. Ele caminhava calmo pelas ruas. Via algumas cenas, que para ele, eram normais. Pessoas sendo estrupadas ali mesmo ao seu lado, outras pessoas levando tiros para quitar suas dívidas.
No fundo sabia que sentia falta disso, mas tinha que focar em seu outro objetivo: Margareth. Ele andou até chegar próximo à saída da ex- centro industrial da região, procurava pela única pessoa que podia realizar parte de seu plano. Vanessa. E claro, essa ajuda não seria de graça, e o preço seria caro.
Virou a penúltima esquina, entrando num beco mais escuro que as demais. Não dava para enxergar absolutamente nada. Henry ouviu uma voz cantarolando uma música*, logo após um tiro. Era ela. Provavelmente acertando as contas com algum devedor.
- Que surpresa encontrá-lo aqui, Henry- Disse Vanessa saindo das sombras.
- Como consegue ser tão falsa?- Henry disse soltando um riso anasalado.
- Faz parte do ramo... Então, pode me dizer por que veio me procurar?
- Preciso que me faça um favor.
- E que favor seria esse?
- Preciso que você seduza alguém...
- Hmmm, e esse alguém é casado?- Ela disse o abraçando por trás e sussurrando em seu ouvido.
- Preciso que o seduza e o mate. Assim terei caminho livre para a mulher dele sem que ninguém interfira.
- Sabe que isso vai custar caro, certo?
- De quanto precisa?
Vanessa ri baixo.
- Teremos tempo suficiente para pensar nisso. - Ela diz sorrindo.
- Ótimo. Preciso ir, ainda tenho alguns assuntos para resolver.
-Aah, Henry... Pra quê a pressa? Não quer ficar mais um pouco? - Ela disse fazendo beicinho.
Henry solta um riso baixo e abafado, coloca as mãos nos bolsos do grande casaco preto que usava. Logo, ele se misturava com as escuras ruas da cidade deserta. Henry pode ouvir Vanessa bufar antes de se afastar ainda mais. Estava confiante de que seu plano daria certo, Margareth enfim seria sua...
                                                             =//=
Margareth não conseguia dormir. As palavras do bilhete e da televisão não saíam de sua cabeça. Ela tentava acreditar que aquele bilhete não era real, ou que era uma simples brincadeira de mal gosto. Mas infelizmente não era. Ela ficava imaginando quais os motivos de que Henry ainda tinha para atazanar sua vida. Mas não conseguia pensar em nada óbvio. A única coisa que se passava em sua cabeça era que ele é maluco e que ama tornar sua vida num verdadeiro inferno.
O relógio apita. Já eram 6:30 a.m, "Droga!", pensou consigo mesma. Agora, Margareth pensava em como iria se concentrar no próprio trabalho. Se levantou e foi direto para a cozinha preparar o café da manhã. Quando já era 7:50 a.m, alguém bate a porta. Dereck, que já havia se levantado foi atender à porta. Era um casal:
- Bom dia - Disse Dereck, com um sorriso simpático no rosto.
- Bom dia Sr. Evans, certo? - Ele assentiu - Sou Vanessa e esse é meu marido, Tom. Viemos lhe pedir um favor...

Nenhum comentário:

Postar um comentário