sábado, 18 de maio de 2013

[Avulsos] Pesadelo?


Estava escuro, e eu cansada. Tinha corrido pela casa toda e em todo lugar que eu ia ele estava lá. Me esperando. Como se soubesse cada movimento que eu fazia. E ele sabia. Tudo que se passava em minha cabeça era invadida por ele. Era o que eu sentia.
Corri para outro canto da casa, a cozinha. Procurei qualquer coisa que pudesse machucá-lo, coisas pontiagudas e que cortam facilmente. De repente a porta da cozinha se abre com uma força sobrenatural. Era ele. Ninguém apareceu pela porta. As janelas agora se abriram com força, mas nenhum sinal dele. Eu estava tremendo, paralisada, começara a chorar de pavor e desespero. Ele gostava disso, gostava do suspense e de meu medo. Um vento gelado percorreu por minha espinha fazendo que eu me arrepiasse toda. Ele estava vindo. Podia sentir isso.
Logo, senti que uma pessoa estava atrás de mim, respirando calmamente, como se isso que estava preste a fazer fosse uma coisa normal. Minhas pernas vacilaram, estava prestes a desmaiar. Tinha que me manter firme, não queria morrer agora.
Uma vontade de viver tomou conta de mim, me fazendo criar forças para continuar fugindo daquele monstro. Corri para o outro lado da cozinha, alcançando uma faca que estava sobre o balcão. Uma sombra surgiu nas paredes do cômodo. Ele tinha chegado. Ele avançou em minha direção, agi no mesmo instante. A faca perfurou sua barriga fazendo-o se afastar. Aproveitei a oportunidade para fugir para fora da casa.
Lá, havia uma garotinha, de cabelos negros e longos, olhos claro e pele branca. Ela usava um vestido, rasgado, branco com rendinhas. Parecia que tinha acabado de sair de um túmulo. Ela gritou. Um grito agudo, que deixaria surdo qualquer um que estivesse por perto. Rapidamente o monstro que estava me perseguindo aparece em meu lado. A criança solta um sorriso de canto e sai correndo.
O monstro fica em minha frente e vai ficando mais perto me fazendo se afastar a cada passo que ele dava. Logo fiquei encurralada entre a parede da casa. Na hora em que me viu encurralada, o monstro me impediu de fazer qualquer movimento, me prensando na parede. Ele colocou sua mão sobre minha barriga e logo em seguida a senti entrando em meu corpo, sua mão estava entre meus órgãos remexendo tudo. Eu estava cansada, com medo, já tinha chorado litros. E estava quase morrendo, pois estava resistindo até aquele momento. Aos poucos fui me conformando que estava prestes a morrer e não havia nada que eu pudesse fazer além de me entregar logo à morte.

Fechei meus olhos, e a última lágrima caiu. Mas logo abri os olhos de novo. Estava em minha verdadeira casa, em minha cama. Suava muito. Respirei aliviada. Tinha sido apenas um pesadelo. Levantei-me da cama, procurando por meu marido que, a essa hora já devia ter levantado. Dei uma olhada pelo meu quarto e percebi que havia uma 'poça de sangue' sobre minha cama. Automaticamente olhei para minha barriga, estava ensanguentada. Entrei em desespero. Senti a pressão abaixar. Meu marido chegou no quarto nesse mesmo momento. Pude ver em seu rosto que esboçava um sorriso, como se estivesse satisfeito. Em poucos minutos, me senti congelar. Era agora.

Aos poucos fui fechando meus olhos...
E dei Adeus ao mundo...




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